29 maio 2008

A Dieta Dissociada

A COMBINAÇÃO DOS ALIMENTOS
Preparar um prato sem misturar amidos e as proteínas animais é um caminho eficaz para evitar o “engarrafamento de trânsito” no estômago e nas alças intestinais. Para quem quer diminuir o volume do abdômen e facilitar o processo digestório, a indicação seria a seguinte combinação:
Amidos (massas, batatas, aipim, arroz, feijões, lentilha)Combinam com hortaliça;
Proteínas animais (todos os tipos de carne e produtos animais);Combinam com hortaliças.
Amidos não combinam com proteínas animais, ou seja, evite misturar arroz, feijão ou macarrão com carnes.
Na nossa história evolutiva, voltando aos estágios mais primitivos, uma hora caçávamos e comíamos a presa (proteína animal), em outro momento comíamos uma raiz (amido), em outro uma fruta e assim por diante, sem misturar alimentos. Hoje, com as facilidades que temos de estocar e comer de tudo numa mesma refeição vemos crescer as queixas digestórias e io volume dos abdomens. Talvez muitas pessoas (organicamente mais primitivas?) ainda não consigam digerir bem alimentos tão diferentes numa mesma refeição. A alimentação dissociada não traz sobrecargas e facilita a absorção e eliminação dos resíduos do que comemos.
HORTALIÇAS QUE COMBINAM COM TODOS OS ALIMENTOS
Abóbora
abobrinha
acelga
agrião
aipo
alcachofra
alface
berinjela
bertalha
beterraba
brócolis
broto de feijão
bambu e alfafa
cebola
cenoura
champion
chicória
chuchu
couve
couve-flor
espinafre
jiló
nabo
palmito
pepino
pimentão
quiabo
rabanete
repolho
rúcula
tomate
vagem
FRUTAS
O ideal é comê-las separadamente de outros alimentos, nos intervalos entre as refeições ou em um café da manhã leve. Sucos de frutas costumam atrapalhar o processo digestório quando bebidos junto ao almoço e jantar.É importante ressaltar que não devemos ser radicais jamais; uma vez ou outra podemos (e devemos) misturar de tudo, por prazer, mesmo sabendo que pagaremos algum preço por isso. Sendo assim, não há necessidade de dizer adeus a uma macarronada à bolonhesa, ao risoto de frango, à comida mineira e tantas outras delícias.
ERVAS TERAPÊUTICAS E EMAGRECIMENTO
A combinação de algumas ervas medicinais propicia uma verdadeira limpeza orgânica e facilita o emagrecimento. Um corpo “limpo” tem um melhor desempenho, tal qual motor de um carro. Sujeiras no carburador, combustível de má qualidade e falta de manutenção acabam com qualquer máquina, e esta analogia vale para o nosso corpo.
Carqueja, Cavalinha, Dente de Leão, Abacateiro e Centella Asiática, são algumas das ervas digestórias e diuréticas úteis para quem se propõe a iniciar uma faxina interna. A função terapêutica das ervas diuréticas no tratamento do obeso não se resume em fazer eliminar excesso de líquido e, com isso, diminuir o peso da balança, mas sim em promover uma maior depuração de toxinas, evitar a sobrecarga cardíaca nos clientes “inchados”, facilitar o retorno venoso em membros inferiores e diminuir a sensação de peso nas pernas.
Ervas digestórias como Funcho, Hortelã e Boldo do Chile facilitam o trânsito dos alimentos, diminuem as fermentações e, com isso, o acúmulo de gases nas alças intestinais. Nada do que citamos queima gordura ou age no centro nervoso da fome ou da saciedade, mas harmoniza o organismo.
Ervas que atuam nas emoções, como Erva de São João, Kava-kava, Camomila, Valeriana, Passiflora também não emagrecem, mas são harmonizantes dos sentimentos numa hora de transição de imagem corporal, que inevitavelmente cursa com fragilidades e frustrações diversas.
O caminho terapêutico natural é mais longo e exige a responsabilidade e a participação do cliente. Medicamentos à base de ervas ajudam àqueles que se propõem a fazer dieta e/ou aumentar o gasto calórico com exercícios. Reeducação alimentar e física, com auxílio de ervas medicinais e suplementação nutricional, vem a ser o caminho mais salutar para emagrecer melhorando a qualidade de vida.
A seguir, algumas ervas úteis na condução do emagrecimento pela Terapia Natural:
Garcínia Cambogia: Planta originária no sul da ásia e África tropical muito pesquisada nos últimos dez anos. Ao que tudo indica, a Garcínea, através de seu princípio ativo denominado de ácido hidroxicítrico, inativa a Coenzima A, enzima essencial para que se reinicie o processo de formação de depósitos de gordura no corpo. Sendo assim, a ação principal da Garcínea é diminuir a possibilidade de engordar, e não propriamente “queimar” as reservas de gordura. A dose inicial é de 500-1500 mg de seu extrato seco, meia hora antes do almoço e do jantar. A associação com cromo picolinato tem sido sugerida para promover leve efeito anorexígeno associado com a diminuição da vontade de doces.
Chapéu de Couro: Diurético, também indicado para diminuir dores articulares e ácido úrico. É rico em cromo, mineral integrante da molécula do GTF (Fator de Tolerância à Glicose), que atua equilibrando o nível de glicose no sangue, evitando as hipoglicemias tão comuns às dietas. Quando cai a taxa de açúcar na circulação, o centro da fome é ativado e vem a vontade de comer. O chá de chapéu de couro (500 ml de água fervente: 1 colher da erva seca) é bem indicada no horário das 15-16 horas para evitar a hipoglicemia e a fome, bastante comuns no fim de tarde.
Cavalinha: Planta reconhecida oficialmente desde o século XVI na Espanha. Farmacêuticos medievais chamavam-na de “causa eqüina” devido à sua aparência. Fonte de taninos, alcalóides, ácido aquisético, ácido sílico, cálcio, magnésio, ferro, potássio e flavonóides, entre eles a isoquercetina (potente antioxidante). Indicações: ao mesmo tempo em que é diurética, evita a eliminação de minerais. Por ser rica em sílica e minerais, era usada por indígenas para solidificar fraturas ósseas. Acalma a tosse, alivia a TPM e edema de mamas, reduz inflamações hemorroidárias, é digestória. O chá pode ser preparado em infusão com 500 ml de água fervente e 1 colher de sopa de erva seca.
Carqueja: Tradicionalmente usada na medicina caseira brasileira como remédio digestório e hepático. Indicações: Indicada nas dispepsias (má digestão), azias, após excessos alimentares e alcoólicos, nas constipações intestinais (prisão de ventre) e cálculos biliares. Purifica e elimina as toxinas do sangue pela ação diurética que exerce. Possui ação hipoglicemiante. Seu chá pode ser preparado com i colher de sopa da erva seca para 500 ml de água fervente (infusão).
CONCLUSÃO
É importante lembrar que devemos sempre seguir uma dieta equilibrada, independentemente de querermos ou não emagrecer. Sendo assim, não há alta para o tratamento da obesidade pelo enfoque naturalista. Por esta razão, sempre indicamos sair da dieta em duas refeições na semana (por exemplo, Sexta à noite e Domingo no almoço), mesmo quando o objetivo é emagrecer. É claro que desta forma o resultado vem de forma mais lenta, mas é assim que a pessoa se dá maiores chances de se reeducar na mesa. Dietas radicais emagrecem rápido e promovem consumo de massa muscular, dando origem a flacidez. Quando a pessoa não se reeduca, ao alcançar o peso desejado volta a comer de tudo de forma como fazia, e rapidamente recupera o peso inicial. Para manter o peso, costumamos “liberar” o fim de semana inteiro, ou quatro refeições principais sem pensar em combinação de alimentos, e aproveitando as delícias calóricas que a vida pode nos dar.
Texto extraído da revista profissional multidisciplinar Personalité Ano III, nº 13Dr. João Curvo – Nutrologista
LINK – LIVRE-SE DO PNEU - JORNAL O DIA